Num estudo revelado em Janeiro passado (www.cdc.gov/nchs/nhis.htm.) estima-se que existam 42,3 milhões de americanos sem seguro de saúde, o que significa que, salvo numa emergência e se forem muito pobres (e o puderem provar), todas estas pessoas vão ter de pagar do seu bolso os cuidados de saúde e medicamentos de que precisarem.(...)
E o que é que fazem as pessoas que ficam doentes sem terem seguro de saúde? Segundo Patricia Roche, professora da Escola de Saúde Pública da Universidade de Boston, «basicamente, as opções são três:
- usar as suas poupanças e pagar do seu bolso,
- pedir um empréstimo, o que tem sempre a desvantagem de atrasar os cuidados, pois é raro aceitar-se tratar alguém aqui sem ‘dinheiro à vista’
- ou então prescindir de outros bens para pagar a conta do médico ou do hospital.
Para nos convencermos disso basta, de vez em quando, imaginarmos, por minutos, que somos americanos, sem health plan, com um salário que mal paga as contas, e que, de repente, acordamos numa cama de hospital, gravemente doentes, com uma conta de milhares de dólares para pagar. E... pasme-se, acordamos, respiramos fundo, aliviados, porque, afinal, SOMOS PORTUGUESES.
Trechos de Tema de Reflexão - Paula Lobato Faria - "A crise do corporate welfare nos EUA ou o alívio de ter um Serviço Nacional de Saúde."
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